Frigoríficos atuam de maneira retraída e preços de carne suína caem com força em abril

Em relação a exportação brasileira, a proteína viu uma melhora no mês de abril em termos de volume

03/05/2024 às 17:54 atualizado por João Pedro Flores - SBA | Siga-nos no Google News
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O mês de abril registrou desvalorização tanto do quilo vivo quanto dos principais cortes de carne suína no atacado, se comparados ao mês anterior. Segundo o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, na primeira quinzena os preços andaram de lado e caíram com força no decorrer da segunda quinzena.

“Os frigoríficos atuaram de maneira retraída nas negociações do vivo, apontando quadro difícil da carne no atacado. Além da menor capitalização das famílias na segunda quinzena, pesou o excedente da oferta de carne de frango na ponta final (produto corrente e substituto), o que acabou afetando a decisão de consumo, principalmente naquela parcela da população de menor renda”, destacou o analista.

Além disso, Maia pontuou que a carne de frango se mostrou mais atrativa frente a carne suína. “Os suinocultores contaram com pouco poder de barganha e viram suas margens sendo pressionadas. O ponto de alento foi o custo da nutrição, que evoluiu sem sobressaltos”, disse.

Em relação a exportação brasileira, a proteína viu uma melhora no mês de abril em termos de volume. “Contudo, a preocupação com o fraco preço da tonelada seguiu presente”, concluiu Maia.

Preços

Levantamento de Safras & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país recuou 2,55% no mês, passando de R$ 5,94 para R$ 5,79. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado caiu 5,51%, passando de R$ 10,63 para R$ 10,04. A carcaça teve desvalorização de 3,97%, passando de R$ 9,45 para R$ 9,08.

A análise semanal de preços de Safras & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo teve baixa de R$ 126,00 para R$ 120,00. Na integração do Rio Grande do Sul os preços subiram de R$ 5,30 para R$ 5,40 e, no interior do estado, a baixa foi de R$ 6,20 para R$ 5,85.

Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração ficou em R$ 5,40. No interior catarinense, o preço decaiu de R$ 6,15 para R$ 5,85, no Paraná de R$ 6,25 para R$ 5,95 no mercado livre e na integração seguiu em R$ 5,35.

No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande recuou de R$ 5,85 para R$ 5,60 e na integração subiu de R$ 5,30 para R$ 5,35. Em Goiânia, o preço caiu de R$ 6,10 para R$ 6,00. No interior de Minas Gerais os preços se mantiveram em R$ 6,40 e, no mercado independente, os preços valorizaram de R$ 6,40 para R$ 6,50. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis teve retração de R$ 5,80 para R$ 5,60 e, na integração do estado, os preços tiveram elevação de R$ 5,25 para R$ 5,30.

Exportações

As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 198,734 milhões em abril (20 dias úteis), com média diária de US$ 9,936 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 86,768 mil toneladas, com média diária de 4,338 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.290,40.

Em relação a abril de 2023, houve queda de 24,1% no valor médio diário, perda de 16% na quantidade média diária e retração de 9,6% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Fonte: Safras e Mercado


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