Dois milhões de hectares de soja era o montante que faltava para colher no RS

As estimativas precisas das perdas deste montante ainda não são possíveis no momento por causa das inundações

07/05/2024 às 09:34 atualizado por João Pedro Flores - SBA | Siga-nos no Google News
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O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor de soja no Brasil. De acordo com o último boletim da Emater/RS, na última quinta-feira (2), os trabalhos de colheita chegaram a 76% da área total da média estadual. O restante não havia sido colhido, representando aproximadamente cerca de 2 milhões de hectares e 6,5 milhões de toneladas. As estimativas precisas das perdas deste montante ainda não são possíveis, no momento por causa das inundações.

Maria de Lourdes Maldaner, produtora de soja no município de São Gabriel (RS), contou que as chuvas foram bastante fortes e atingiram os campos de soja que estavam prontos para colheita. 

De acordo com Maldaner, no último fim de semana a água começou a baixar nos campos. Nesta segunda-feira (6), com o predomínio do sol e a trégua da chuva, os trabalhos no campo foram retomados e concentrados na colheita. Porém, a umidade da soja está muito elevada e isso pode impactar no resultado da produtividade do grão.

Produtividade pode ser impactada

Antes da inundação a colheita estava um pouco mais atrasada nos municípios de maior altitude nos Campos de Cima da Serra, como Vacaria e Bom Jesus. Em Erechim, a incidência e a previsão de recorrência de chuvas podem levar à redução da produtividade em função da impossibilidade de colheita em algumas áreas.

Como os trabalhos estão totalmente paralisados, principalmente nas áreas afetadas pela inundação o impacto para a produção nacional está estimado em um volume sob risco que representa 5% da safra estimada para o país (147 milhões de toneladas), segundo análise da consultoria Cogo Inteligência de Mercado.

Ainda segundo a consultoria, a contabilização das perdas nas áreas não colhidas que sofreram com as inundações poderá influenciar as cotações. Atualmente, as cotações futuras com vencimentos entre julho/2024 e julho/2025 estão ao redor de US$12 por bushel.

Fonte: Agroclima


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